sábado, 25 de maio de 2013

Quando a Aula dá errado


Já parou para pensar em todas as vezes que você preparou as aulas, preocupou-se em pesquisar materiais, escolher um vídeo, um determinado mapa ou gráfico e quando esta aula foi ministrada tudo deu errado ?
A idéia é que os alunos estivessem ávidos por aprender, mostrassem interesse e participassem da aula, mas nada disso aconteceu. Você encontrou alunos apáticos, desinteressados, ou então a grande maioria estava ocupada em ligar o celular, brincar com algum joguinho, ouvir uma música, trocar bilhetinhos, olhar pela janela, prestar atenção ao colega. Na verdade eles estavam muito “ocupados” para prestarem atenção na sua aula.
Mas, o que deu errado ? Bem, temos de analisar qual é a estrutura de uma aula fadada ao fracasso para você conhecer o que precisa ser evitado na próxima vez que for prepará-la.
- Aula Nota 0: Elementos que fazem com que uma aula dê errado:
01.   jamais entre na sala de aula despreparado, ou com uma aula preparada no último minuto, saiba que é o maior descaso com os alunos fazer isso,
02.   a aula não é para você, por isso jamais seja “verborrágico”, ou seja, não fique falando todo o tempo e só com termos difíceis do aluno entender,
03.   não use o tom de voz monótono, sem vibração ou calor. Talvez essa seja a sua 10ª. Turma, e você já está entediado em abordar o mesmo assunto, porém os alunos captam essa vibração,
04.   jamais elabore aulas que não dêem espaço para os alunos interagirem, darem opiniões ou fazerem perguntas,
05.   não faça do livro didático a sua muleta, você pode, e deve, saber andar sem ele.
06.   nunca faça perguntas fechadas do tipo “sim”, ou “não”
07.   jamais faça perguntas que dependam de voluntários para responder
08.   evite distribuir o tempo em: explicar, fazer exercícios e correção (esse é o modelo clássico da  “decoreba”.
- Aula  Nota 10: Elementos que fazem com que uma aula dê certo,  é  quando o professor:
01.   elabora a aula adequando-a ao linguajar e expectativas do aluno
02.   promove e estimula a interação dos alunos com perguntas abertas e contextualizadas às vivências dos alunos
03.   mostra paixão e vibração em suas aulas
04.   diversifica as estratégias de ensino e sempre está testando novas práticas de ensino
05.   traz o mundo para dentro da sala de aula por meio de jornais, debates, noticiários, músicas, assuntos polêmicos, assuntos inovadores, etc.
06.   faz com que o conhecimento da sala de aula tem sentido no mundo fora dela, para que os alunos possam assim, compreender o sentido de estarem aprendendo aquilo
07.   tem sempre um plano “B” para quando o vídeo, ou DVD não funcionar
08.   mostra-se sempre criativo e proativo em todas as situações
09.   tem senso de humor o bastante para rir de si mesmo e rir junto com os alunos
10.   por meio de todas as suas aulas, tem a convicção de que entregaram algo realmente significativo e que vai tornar a vida daqueles jovens menos difícil
Dê uma olhada no seu plano de aula de amanhã, levante a estrutura que você enquadrou essa aula, selecione os elementos que a compõem e faça os ajustes que achar necessário.  Depois conte para a gente no blog.
Compartilhe também as suas idéias para tornar uma aula nota 10.

Pense


Indisciplina vira caso de polícia
Assista agora o que aconteceu recentemente em uma Escola Pública de São Paulo.
É inadmissível que Professores estejam sofrendo com este tipo de abuso e violência por parte de jovens que comportam-se como vândalos e criminosos.
A Lei precisa ser mais dura e  a educação familiar mais firme,  para que os Professores possam exercer o seu trabalho com  dignidade e respeito.



E você já passou por situação similar envolvendo abuso, violência, desrespeito, desacato  por parte dos alunos ou pais de aluno ?

Vale a pena ler.


Eo desejo de ensinar a arte de aprendernsinar não deveria ser uma ANGÚSTIA
Ensinar não deveria ser PERIGOSO
Ensinar não deveria minar a SAÚDE
Ensinar não deveria ser CASO DE POLÍCIA
Ensinar não deveria DESESPERAR
Ensinar não deveria ser de QUALQUER JEITO
Ensinar não deveria fazer DESISTIR
Ensinar não deveria ter de aceitar a FALTA DE EDUCAÇÃO FAMILIAR
Ensinar não deveria ter de ENGOLIR SAPO
Ensinar não deveria ser para ver a VIOLÊNCIA DENTRO DA SALA DE AULA 
Ensinar não deveria ser para receber DESRESPEITO
 Tudo isso e muito mais vai tirando um pouco, a cada dia, o desejo de ENSINAR de muitos Professores que sentem na pele, no coração e na alma as agruras da profissão.
Para esses, que perderam o desejo, e para aqueles que apesar das agruras diárias,  ainda mantém aceso o Desejo de Ensinar, aqui vai um pequeno mimo: Ebook do Rubem Alves.
  

Uma boa reflexão...


Mãe, Tia ou Professora ?
Tia,Mãe

MÃE NA SALA DE AULA:
Os Professores que me perdoem, mas hoje, este artigo é estritamente direcionado às Professoras, que em sua grande maioria já são Mães, muitas vezes fazem o papel de Mãe na Escola e são, equivocadamente,  confundidas com Tias.
Não é de se estranhar que na profissão de Professor as mulheres compõem 81,5% do total de professores da Educação Básica do País. Em todos os níveis de ensino dessa etapa, com exceção da Educação Profissional, elas são maioria lecionando.  No final de 2010 existiam quase 2 milhões de professores, e dentre eles, mais de 1,6 milhão eram mulheres.

Conforme estudos sociológicos, a nossa sociedade associa a profissão de professor melhor adequada ao perfil das mulheres, pois conforme esses estudos, a mulher tem o perfil de ser mais atenciosa, delicada, meiga, paciente,etc. O mais interessante é que devido a este tipo de visão todos esses atributos estão também associados aos de uma mãe. No entanto para ser mãe, até a presente data, não precisa de nenhum tipo de qualificação e/ou formação acadêmica para o desempenho desta tarefa. Já para atuar como Professor, é necessário muito estudo, preparo e profissionalismo.

Mas qual o impacto que esta visão distorcida da realidade, acarreta no desempenho das Professoras ?  Afinal, se os alunos e os pais esperam que a Professora aja como uma mãe, você há de concordar que o papel da professora está totalmente desvirtuado, e o que é pior: é desconhecido pelos pais e pelos próprios alunos.

Os pais que esperam que a Professora dê a educação que os pais não estão oferecendo nem cobrando dentro de casa, tratam a Professora com descaso, desrespeito e a profissão como algo de menor valia. Afinal o próprio filho trata os pais desta forma.

O que esperar então dos alunos dentro da sala de aula ? Se eles não obedecem os próprios pais porque obedeceriam e respeitariam a Professora ? Afinal, a Professora só sabe falar…falar…. e falar? Reclama de tudo. Vive “pegando no pé deles” como a MÃE faz em casa. Então a saída encontrada é  fazer como eles fazem com a própria mãe: não dão ouvidos, ignoram  e continuam desrespeitando , proferindo impropérios, desobedecendo as regras, agindo de forma indisciplinada.
 
TIA NA SALA DE AULA:
O que fazer então quando a “Tia” incorpora na sala de aula ?
Paulo Freire (1997) afirma que “a tarefa de ensinar” não deve transformar “a professora em tia de seus alunos da mesma forma como uma tia qualquer não se converte em professora de seus sobrinhos só por ser tia deles. Ensinar é profissão que envolve certa tarefa, certa militância, certa especificidade no seu cumprimento enquanto ser tia é viver uma relação de parentesco”
É muito comum nas Creches e Séries iniciais (1º. Ao 5º. Ano) alunos tratarem a Professora por “Tia”, descaracterizando mais uma vez, sua profissão , não apenas perante os alunos, mas perante aos pais, reforçando desta forma a desvalorização da profissão e todo o esforço que se fez e ainda se faz para enaltecê-la.
Além do mais, ao ser chamada de “Tia” pode criar um vínculo ilusório de parentesco que na realidade não existe. Ninguém refere-se a nenhum outro profissional como “tio ou tia”. O que me leva, mais uma vez, a discorrer sobre o malefício que isso causa quando contribui para a desvalorização da profissão de Professor.
Você já imaginou uma “Tia” conversando com a mãe de um aluno ? É óbvio que as orientações que essa “tia” passará para tal mãe, não encontrará ouvidos receptivos, afinal porque levar em consideração o que uma “tia” fala ? Uma “tia” não tem o preparo e nem a formação para lidar com assuntos tão complexos. Uma “tia” geralmente emite apenas juízo de valor e portanto não precisam ser acatados como orientação segura.
Paulo Freire deixa claro: Você tem todo o direito de querer ser chamada de tia, mas não pode desconhecer as implicações escondidas nas manhas ideológicas que envolve a redução da condição de professora à tia.

PROFESSORA NA SALA DE AULA:
Quando Pais e Alunos exigirem de você a postura de Mãe ou Tia, deixe claro a que você veio e qual é a sua função. Se preciso for estampe as paredes com os seus Diplomas e  Certificados que atestarão, quando a sua fala e sua postura não forem suficientes, a sua competência técnica para estar ali, naquela sala de aula, exercendo a sua profissão.

Aproveite também para estampar na parede ao lado o que você espera da Mãe e da Tia, que estão em casa.
Para vocês que são Professoras e que também são Mães aqui vai um alerta: Dentro da Sala de Aula jamais entre como Mãe ou Tia. Dentro da sua casa, jamais incorpore a  Professora.

Compartilhe no Blog ocorrências da sua sala de aula onde os Pais exigiram mais a postura de “Mãe” ou “Tia”  e como você resolveu a situação.

BIBLIOGRAFIA:
FREIRE, Paulo. “Professora sim, tia não”. São Paulo: Olho d’Água, 1997.

Cuide bem da sua Saúde

MOTIVE-SE E MEXA-SE   


Concentre sua mente em se tornar ativo e manter-se em forma. Conte à família, aos amigos e colegas de trabalho sobre os objetivos de boa forma que você está estabelecendo para si mesmo e encoraje-os a lhe perguntar como está indo a cada vez que os vir. Saber que todo mundo está atento aos seus resultados lhe dará a motivação necessária para perseguir suas metas. Veja a seguir algumas outras maneiras surpreendentes de alcançar seus objetivos:
 
1. Converse com o médico. Clínicos gerais, sempre pressionados pelo tempo, tendem a querer discutir doenças imediatas e não a sua saúde como um todo; assim, fica a seu cargo tomar a iniciativa e pedir conselhos sobre boa forma. Vale a pena tentar, pois eles podem ajudar muito. Pesquisas mostram que apenas três horas de orientação por parte de um clínico geral ou de outro profissional de saúde podem ajudar a transformar a saúde física de muitos exsedentários.
 
2. Contrate um personal trainer. Além de lhe fornecer o programa de exercícios do qual você precisa, se essa prática é uma novidade na sua vida, o personal trainer determinará as suas metas em vez de você tentar estabelecê-las por conta própria, segundo estudo realizado por pesquisadores da McMaster University de Ontário, Canadá. Mas por que isso lhe traria melhores resultados? Em parte há a autoconfiança que pode sentir quando um especialista acredita em você e acha que você pode atingir determinados objetivos. É suficiente contratar um personal por uma hora para estabelecer as suas metas, mas se quiser continuar com esse tipo de orientação, melhor ainda.
 
3. Inclua o exercício no seu dia a dia. É claro que a indústria do exercício lucrará muito mais se todo mundo pensar em fitness exclusivamente em termos de horas na academia. Mas, como você provavelmente só despenderá umas três horas por semana lá, o que dizer das outras 100 que passa acordado durante a semana? A verdade é que gente que se encontra em grande forma física passa o dia inteiro vivendo de forma altamente energizada. Não só colocar mais empenho nas atividades cotidianas torna a vida mais excitante e divertida como também faz enorme diferença em termos de bem-estar e nível de saúde generalizados.
 
Adaptado de Dicas Secretas – Seleções do Reader’s Digest
COMO SE SAIR BEM NUMA ENTREVISTA DE EMPREGO


O candidato deve mostrar por que tem o perfil ideal, além de revelar um pouco da personalidade. Tenha segurança ao falar das suas realizações e confie na sua capacidade. Siga estas 5 dicas e boa sorte!
 
Prepare-se
Pense nos motivos de você ser qualificado para o emprego e ponha no papel suas qualidades. Identifique vitórias e histórias de sucesso de empregos anteriores e prepare-se para falar delas de forma sucinta e convincente.
 
Treine sua técnica de entrevista
Se possível, peça a um amigo que simule uma entrevista e que lhe dê sua opinião sincera.
 
Informe-se sobre a empresa
Se possível, converse com pessoas que já trabalham nela. Assim, você poderá adequar suas respostas à cultura da empresa e fazer perguntas pertinentes.
 
Venda seu peixe
Sorria, faça contato visual e mantenha uma postura relaxada. Seja educado e fale de forma clara. Guarde o nome do entrevistador e use-o.
 
Coisas que não se devem fazer
Veja armadilhas comuns que podem lhe custar o emprego, mas que são fáceis de evitar:
 
·                  Não se atrase. Não há desculpa que desfaça a má impressão que um atraso causa.
·                  Não use roupas informais (como a garota da foto). Vista uma roupa um pouco mais sofisticada e formal do que a que você normalmente usaria.
·                  Não aja com intimidade. Não é fazendo amizade que vai conseguir o emprego.
 

LIceu do Crato faz a diferença


Palestra - Drogas, Legal é Prevenir!

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Foi realizada no dia 25 de fevereiro, no Auditório do Liceu do Crato, a Palestra - Drogas, Legal é Prevenir!
O Projeto Prevenir, que vem sendo realizado no Ceará desde março de 2012, visa sensibilizar jovens, por meio de palestras preventivas,  sobre como evitar o consumo de drogas, formar e capacitar novos agentes que disseminem as informações relacionadas ao assunto. A iniciativa é da Pastoral da Sobriedade da Igreja Católica.

EEM LICEU DO CRATO


Homenagem ao Dia da Mulher

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O Liceu do Crato fez homenagem às mulheres pela passagem do Dia Internacional da Mulher.
A programação aconteceu nos dias 7 e 8 de março, quando foram realizadas palestras com a Professora e ex-vereadora Mara Guedes, apresentações artisticas das Mulheres da Dança do Coco da Batateira e banda de pagode de alunos da escola, entrega de cartões comemorativos às alunas, professoras e funcionárias da escola.

Para você refletir




Chame o sucesso para fazer parte de sua vida. Acredite no seu potencial criador, seja inovador, treine sua mente para vencer, estipule metas e principalmente, lute por seus ideais. (Flávio Sousa)

Leia com atenção!


Ensino Médio: Desinteresse e Indisciplina

O mundo corre célere, até outro dia abordávamos a questão da Geração Y, agora é a Geração Z, ou seja os jovens nascidos a partir de 1980. Estes por sua vez já nasceram inseridos no mundo tecnológico e acostumados a comunicarem-se na velocidade da internet. Tantos jovens, em tese, melhor informados, porque então o abandono e o desinteresse no Ensino Médio é tão alto ?
 adolescentelendo
Infelizmente no Brasil o ensino médio é considerado a pior etapa da educação. Quando chegam ao 1º ano do desta fase geralmente aos 15 anos de idade o adolescente perde o interesse e não vê naquelas aulas algo de útil para a vida dele. Este é um dos motivos que faz com que o número de abandono das aulas seja grande. O abandono é ainda maior por aqueles que acreditam que não irão para a faculdade e não tem expectativa de futuro.

Causa da falta de interesse dos alunos

Muitos pesquisadores afirmam que o maior motivo para os alunos repelirem a escola durante o ensino médio é os conteúdos ensinados, que na cabeça dos jovens não tem influência em sua vida e não atende as suas necessidades de interesse. Para estes jovens que são da faixa etária de 15 a 17 anos as matérias são muitos genéricas e não apresentam nenhum impacto na prática daquilo que eles vivem. Outro grande motivo para o desinteresse é que eles chegam ao ensino médio sem saber o básico, alguns não sabem ao menos ler e escrever e são tidos como analfabetos funcionais.
  
Desinteresse e a Disciplina:

Assim, muitos interrompem os estudos e passam a trabalhar, e outros quando frequentam a Escola comparecem apenas para fazer o que eles chamam de “social”, que é interagir com os colegas e com este comportamento ocasionam tumulto nas salas de aula com conversas, gracejos, atitudes de desrespeito para com os Professores, envolvendo desde agressão verbal até agressão física.
Quem leciona no Ensino Médio Público ou Privado, infelizmente, está habituado a ter de lidar com jovens e com  situações difíceis, o que frequentemente acaba demandando em conflitos, sempre comprometendo a disciplina, afinal é preciso que haja, um mínimo de ordem para que um trabalho seja realizado. O desgaste é muito grande por parte do Professor e o descaso maior ainda por parte dos alunos.

Qual será a  saída ? 
Para uma dada questão há várias alternativas, dependendo do caminho escolhido.
Você pode optar por uma solução sob o enfoque Filosófico, Social, Econômico, Políticas Públicas, Familiar etc, porém o que é viável e  exequível  para o Professor e para a Escola é adotar soluções que sejam possíveis de implementar,  e que não dependam de terceiros, que estão fora da escola.

Assim sendo desafio você a propor algumas sugestões sob o viés pedagógico, que é a única perspectiva que o Professor tem o total controle de realizar. Envie suas ideias pelo blog, pois no próximo artigo também farei outras sugestões.

Precisa de algumas dicas ? Você pode propor idéias no que refere-se a: mudança de conteúdos, curriculum, práticas de ensino, didática, avaliação, relacionamento, metodologias, utilização de novos recursos, gestão escolar, etc.

ndisciplina: Erro 1 – Disciplinar toda a sala de uma só vez
No artigo anterior enumerei os 5 erros que os Professores, consciente e até inconscientemente, cometem e que acabam potencializando a indisciplina na sala de aula.
Alerto novamente que, as causas da indisciplina dentro da Escola são várias tais como: Família, Gestor, Governo, a Mídia, etc, etc., porém não serão objetivo deste artigo no momento.
Já disse em outros momentos que dentre todos esses “personagens” o único que temos controle é sobre o NOSSO comportamento. Assim será muito mais inteligente e menos penoso fazer os ajustes que forem necessários nos nossos comportamentos, que ficar dando murro em ponta de faca tentando mudar os comportamentos das outras pessoas.
Mas, vamos ao Erro no. 1 que eu cometia que era: Disciplinar toda a sala de uma só vez. Nos meus dias de Faculdade haviam dito que ao entrar na sala de aula eu deveria mostrar respeito, que ao fazer isso, em contrapartida os alunos também teriam respeito por mim.
Era mais ou menos assim: “ Entre na sala de aula e diga a todos que você exige respeito e silêncio “ . Nisso se resumia o ensino de “gerenciamento da sala de aula” na Faculdade. Logo descobri a precariedade desse “ sistema” quando comecei a dar aulas.
A luta era inglória: de uma lado a Professora recém formada (eu) e do outro 40 alunos com 15 anos de “praia” cada um com vasta experiência em tumultuar a sala de aula. Quem vocês acham que vencia todo o tempo ?????
Lá estava eu gritando o tempo todo “fiquem quietos”, no começo até ficavam por 5 segundos, depois começavam tudo novamente. A pergunta aqui é: “ Será que eles não me ouviam ? “ . Claro que eles ouviam.
E mesmo assim eu ficava o ano inteiro tentando disciplinar a sala toda de uma só vez. Você já deve ter assistido algum filme de ação onde chega um momento em que o mocinho tem de lutar com 15 pessoas, e se você reparar bem, ele não luta com os 15 de uma só vez, e sim com UM de cada vez.
Agora pense por um minuto, se o mocinho luta com um por vez, porque você acha que conseguirá disciplinar toda a sala de uma só vez? A resposta é: você não conseguirá !!
Dica no. 1) Eles obedecem não é porque você FALA para ficarem quietos, Eles obedecem porque você toma uma AÇÃO e com isso eles recebem uma CONSEQUÊNCIA.
O que deve ser feito é, pegar um aluno, isso mesmo, apenas um aluno de cada vez. Voltando a luta do mocinho no filme você observará que sempre que ele começa a luta, e já derrota os 5 primeiros, os demais sabendo que serão derrotados, desistem e…..fogem…
A analogia com o mocinho é para que fique claro que, uma vez que você neutraliza alguns alunos, o restante da turma desistirá da bagunça com temor das conseqüências.
Frente a uma situação de indisciplina sempre pense da seguinte forma: “ Qual ação poderei tomar aqui”, ao invés de “ o que eu digo para esse aluno”. Pois não se trata do que dizer, mas do que fazer.
Dizer para o aluno: “ Atila, já mandei você ficar quieto senão você vai ver…?!” . Vai ver o quê? Na verdade você precisa impor ao Atila uma conseqüência que ele de fato sinta, e que o restante da classe pense “ eu não queria estar no lugar dele “.
Lembra que falei anteriormente em você escolher um dos alunos que estiver fazendo a bagunça, ou ocasionando o tumulto na sala ? Mas qual deles ? Aqui vai um pequeno exercício para você treinar ? Escolha uma das opções:
a) escolher a aluna quieta que está estudando lá no fundo da sala, pois será mais fácil lidar com ela
b) escolher o aluno mais falante da turma
c) escolher aleatoriamente qualquer aluno
d) escolher o aluno que sempre provoca e lidera a confusão
A opção correta é a ‘D’; afinal ao neutralizar o líder, os demais estarão sem direção e poderão ser liderados pelo Professor.
Aborde esse aluno calmamente com uma voz firme, e os outros alunos logo darão atenção a situação ficando quietos e atentos, pois o que eles estão esperando é ver quem vai ganhar esse embate. Assim, você caminhará até o Atila e já deverá ter traçado a conseqüência que fará o Atila tremer. A chave aqui é que a conseqüência tem de ter um peso que incomode o aluno. Quando a classe vê o que acontecerá ao Atila, os ânimos logo se acalmam.
Alertando: quando uma situação ocorrer na sua sala de aula, detecte sempre o líder, aquele em que os outros sempre seguem. Aposto que você já até sabe quem são eles na sua sala de aula.
Com certeza o Atila, furioso, lhe fará perguntas do tipo : “ Porque eu ? O que foi que eu fiz ? “ . Você simplesmente ignorará qualquer tipo de protesto, pois a pior coisa a fazer é bater boca com aluno (isso veremos no Erro no. 2).
Dica no. 2) Dividir para Somar
Aprendi que quando eu disciplinava a sala inteira, dando advertência ou suspendendo todos de uma vez, eu fortalecia o senso de grupo que os alunos tinham entre si. Eles eram um grupo, e eu era o inimigo. Lembra o lema dos “3 Mosqueteiros” , “um por todos e todos por um “. Eu os fazia sentir que faziam parte de algo maior.
Assim a saída encontrada foi dividir o grupo, provocar uma rachadura, isolar o líder. Ao fazer isso o grupo “órfão” do líder precisava ser acolhido, mas agora pelo Professor.
Por isso, se amanhã, os “Atilas” da sua sala insurgirem com desrespeito e indisciplina, não tente discipliná-los todos de uma só vez. Isole primeiro o líder, e depois isole o próximo, se for necessário.
Veja que apenas fazendo ajustes na maneira de como você lida com essas situações já fará uma enorme diferença na qualidade das suas aulas e no rendimento do seu tempo. Comente no blog os resultados que você conseguiu com esses ajustes.