quarta-feira, 30 de maio de 2012

O significado do namoro


O namoro é o estágio inicial do encontro entre duas pessoas, período em que elas começam a se conhecer e a desmistificar as ilusões e fantasias que possam ter criado acerca do futuro de seu relacionamento. Uma vez que este trabalho de desmistificação esteja feito, o casal tem a possibilidade de avaliar se o que sobrou de realidade entre eles é suficiente para continuarem a relação. Passa-se então, caso a resposta seja afirmativa, ao um estágio mais comprometido do relacionamento, que podemos entender como sendo o casamento propriamente dito.

Precisamente por ser o estágio inicial da relação amorosa, o namoro se apresenta como o momento mais romântico da vida de um casal. A situação mais maravilhosa que pode ocorrer numa longa relação entre duas pessoas é exatamente quando, depois de um longo tempo transcorrido, o casal ainda consiga recuperar o encantamento do período de namoro. Este encantamento rejuvenesce e vivifica o amor de ambos e recria as condições indispensáveis para a boa continuidade da vida amorosa.

O dia dos namorados é uma excelente oportunidade para os casais reviverem o período de começo de relacionamento, quando todas as ilusões, fantasias e expectativas estavam acesas. Podemos nos permitir reviver a ingenuidade dos primeiros tempos e deixar que ela conviva com o ceticismo de um casamento maduro. Brincar de namorar é voltar atrás no tempo e beber na fonte de eterna juventude. Esta atividade é tão benéfica que não precisamos estar presos ao dia 12 de junho para exercê-la. Qualquer pretexto para bons momentos de namoro é válido e todo dia é dia dos namorados.
 
Fonte: Gazeta Web
No Brasil


No Brasil, o primeiro dia dos namorados foi comemorado em 1953, organizado por comerciantes paulistas. A data de 12 de junho foi escolhida por ser a véspera do dia da morte de Santo Antonio (1195-1231), tradicional casamenteiro e protetor dos apaixonados, para quem as moças acendem velas pedindo por um namorado. Curiosamente, antes de se instalar esta tradição, Santo Antonio era o santo dos objetos perdidos. Aliás, não se pode pensar em objeto mais perdido do que um namorado de quem nem se conhece ainda o rosto... O dia foi criado para fornecer um pretexto para que as pessoas amadas sejam presenteadas e assim se demonstre amor por elas.

A data pode ser um motivo para um dia especial de atenção e carinho entre namorados e quaisquer outros casais que se amem. É claro que qualquer dia e todos os dias são apropriados para se manifestar amor. Porém, como habitualmente as pessoas costumam estar envolvidas com seus afazeres, o dia dos namorados oferece uma oportunidade para que se preste mais atenção no parceiro e na relação amorosa. É o momento de nos alegrarmos por tudo o que temos podido dar, trocar e receber da pessoa que amamos e que nos ama. Faz bem lembrar o quanto esta relação é importante para nossa alegria e nossa felicidade.

Como surgiu o dia dos Namorados

 A data, 12 de junho, foi escolhida, há mais de cinquenta anos, por comerciantes paulistas, pela proximidade com o dia 13, dia de Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro. Na Europa e na América do Norte, a festa dos que se amam é celebrada no dia 14 de fevereiro, dia de São Valentim ou Valentino. Este santo viveu no Século III, em Roma na época em que o imperador Claudius proibiu casamentos durante as guerras, por achar que o amor prejudicava o ânimo dos soldados. Valentino continuou a casar os jovens que o procuravam, e passou à história como padroeiro dos apaixonados. Por sua atividade foi condenado à morte e decapitado no ano de 278.

A tradição do dia dos namorados, todavia é anterior a São Valentino. Ela se originou na festa romana da Lupercalia (que depois passou a se chamar Februata), homenagem aos deusese Juno. Neste dia, quando a primavera já se aproximava, era organizada uma cerimônia na qual, nas aldeias, os nomes das moças eram colocados em uma caixa de onde cada rapaz retirava um. A sorteada passava a ser a sua namorada - e era por ele cortejada durante os doze meses que se seguiam.
Amor
Quando duas pessoas fazem amor
Não estão apenas fazendo amor
Estão dando corda ao relógio do mundo
Mario Quintana

Dia dos Namorados

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões

 Atenção!

 DIA 18 de Maio a Escola Liceu do Crato comemorou com muito êxito a festa das mães .

terça-feira, 22 de maio de 2012

12 mandamentos para uma carreira de sucesso

Como tirar sua carreira do marasmo e alcançar o sucesso profissional

Cansada de gastar neurônios e sola de sapato no trabalho? Então confira algumas ideias que são tiro e queda para arrancar você do marasmo profissional rumo ao sucesso.
1. Mate-se de trabalhar, sem escolher trabalho
A maioria dos jovens precisa dar um duro danado no começo da carreira, assumindo responsabilidades abaixo de sua capacidade, como cuidar dos assuntos pessoais de uma chefe ocupada ou refazer sua agenda inteirinha. Nada disso é o que se pode chamar de subir degraus, mas você deve acreditar que o trabalho do momento é apenas parte da odisseia que enfrentará rumo a um futuro glorioso.


2. Tope qualquer parada
Mesmo que se trate de uma tarefa abominável, aceite fazer qualquer coisa que possa ajudar sua chefe. Sua postura diante dela deve ser: não se preocupe, só quero ser útil. Deus sabe que você não está levando trabalho para casa por causa dela, mas por sua causa. Quer dar um rumo à sua vida e ganhar dinheiro, dinheiro de verdade? O jeito de chegar lá é se empenhando. E, é claro, certifique-se de que lhe seja dado o devido crédito. Não adianta absolutamente nada dar plantão no sábado à noite se ninguém ficar sabendo.


3. Aceite e peça tarefas extras
Você pode não estar preparada ainda para representar a empresa num seminário, mas é fundamental que todo mundo saiba o que já está apta a fazer. Se tem ideias para melhorar o fluxo do seu departamento, diga. Mas, cuidado: primeiro, tenha absoluta certeza de que é capaz mesmo de dar conta do recado.


4. Cumpra rigorosamente os horários
A regra mais importante para qualquer funcionário é chegar sempre na hora certa - ou um pouco antes.


5. Faça o que tem de fazer já
A maneira mais eficiente para ser notada logo de saída é executar tudo imediatamente.


6. Aja de forma agressiva... mas sem agredir
Todas nós conhecemos criaturas que fazem com que a gente se sinta insignificante. Esses tipos até alcançam altos cargos, mas geralmente despencam lá de cima, porque agressividade é tudo o que têm. E pode crer: nada substitui cérebro, mais uma boa dose de charme e trabalho duro.


7. Seja sexy, e daí?
Não há nenhuma razão para você pôr terninhos escuros e camisas fechadas até o queixo se odeia esse tipo de roupa. Seriedade no vestir é um dos caminhos para o sucesso, mas não o único. Use tudo o que a faz se sentir bonita, confiante, à vontade - desde que não tenha um decote até o umbigo. Nunca vi uma mulher perder uma promoção por causa de roupas "erradas", quando seu cérebro e seu entusiasmo estavam nos lugares certos.


8. Não despeje problemas pessoais no escritório
Compartilhe seus dissabores com uma ou duas colegas mais próximas, mas nada de despejar um caminhão de melancia em cima de sua chefe. Embora ela precise ficar a par de problemas sérios, não deve ser encarada como uma espécie de padre confessor.


9. Deixe a chefe se sentir o máximo
Seu trabalho é cuidar para que ela fique numa boa, enquanto você abre caminho para chegar aonde quer. Não se preocupe se a mandachuva receber todos os créditos por algo que você fez. Isso acontece e não é tão ruim como parece. Se ela está subindo dentro da empresa, há grandes chances de levar você junto.


10. Saiba usar o telefone
Grande parte da sua vida profissional depende de telefonemas. E de seguir algumas regras básicas a respeito:

• Mesmo que a pessoa atenda logo a sua chamada, sempre pergunte se está ocupada. Não parta do princípio de que ela (ou ele) tem tempo de sobra;
• Agradeça às pessoas que ocupam cargos mais altos do que o seu por terem respondido logo à sua ligação - afinal, não são obrigadas a fazer isso;
• Corte o papo de quem desperdiça seu tempo falando sem parar.


11. Aprenda a encaixar os golpes
A maioria dos mortais bem-sucedidos continua sendo vulnerável. Estrelas de cinema e TV são arrasadas pelos críticos e ficam magoadíssimas. Presidentes são acusados das maiores vilanias e revidam. Se você é apaixonada por alguma coisa, vai se machucar, muitas vezes. Mas não deve se deixar abater nem se retrair.


12. Fique amiga de todo mundo (principalmente da chefe)
Dar-se bem com os colegas é cinquenta (talvez sessenta ou mesmo setenta) por cento de garantia para o sucesso - mas isso não significa necessariamente ser íntima do pessoal, ou a alegria do escritório. Não vai fazer mal à sua carreira se as pessoas a acharem simpática e charmosa.

Fonte: abril.com.br

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Como licar com o Aluno Palhaço ? 
 
 
 
 
Quase todas as classes tem um palhaço – aquele aluno que sempre faz ou diz algo que chama a atenção para si mesmo. Determinado a ser o centro das atenções, ele persiste com suas piadas ou respostas inteligentes até que finalmente recebe a atenção que deseja. Em situações extremas, o seu comportamento acaba incentivando outros alunos a seguir seu exemplo e se envolverem em brincadeiras .
 
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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Práticas de Cidadania na Escola e na Sala de Aula

Aida Maria Monteiro Silva

“Formar o cidadão é dar as orientações básicas de respeito e de condição social. A condição social é que faz o cidadão. É conscientizar e para isso é fundamental a escrita, a leitura, a compreensão do mundo. Através da educação, o aluno vai saber conhecer os seus direitos, as suas obrigações e saber respeitar o próximo. Saber ser gente” (Fala do professor Escola Estadual de Pernambuco).

Na história do povo brasileiro nunca se falou tanto em cidadania e em direitos humanos como nas últimas décadas. Essa temática vem se constituindo em um dos focos de interesse de diferentes instâncias da sociedade: movimentos sociais, meios de comunicação, partidos políticos, organizações sindicais, instituições governamentais e não governamentais e o meio acadêmico. A motivação por essas questões eclodiu, principalmente, com o processo de redemocratização da sociedade brasileira, após longo período de mutilação da cidadania, no qual os direitos civis e políticos foram cerceados, e devido ao distanciamento que separa o direito proclamado e a sua concretização, mesmo a despeito de o Brasil ter avançado em termos político-jurídicos dos ideais proclamados da democracia, conforme o que está prescrito no Artº 5º da Constituição Federal. O Estado brasileiro, além de suas leis específicas, tem um Programa Nacional de Direitos Humanos-1966, e é signatário dos principais acordos e pactos internacionais de garantia e proteção dos direitos humanos. É regido pela Constituição (1988) mais democrática da história do país, conhecida como a “Constituição Cidadã”, na qual os direitos foram ampliados em todas as dimensões: civil, política, social e cultural. 

Professora da Universidade Federal de Pernambuco - Brasil e Coordenadora da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos. E-mail: trevoam@terra.com.br. Este trabalho é parte da Tese de Doutorado. SILVA, Aida M. M. Escola Pública e a Construção da Cidadania: possibilidade e limites. Faculdade de Educação da USP - São Paulo, Tese de Doutorado, 2000.

25 Maneiras para Conquistar os Alunos

De acordo com uma pesquisa, apenas um a cada quatro alunos do 6º ano ao ensino médio dizem que as suas escolas oferecem um ambiente acolhedor. Esta constatação é surpreendente.
Como podemos inspirar os alunos a mostrar empatia uns pelos outros, se nós falhamos em mostrar isso em nós.
Na verdade, nós nos importamos muito, porém nosso foco está centrado apenas no desenvolvimento acadêmico e acabamos por ignorar os pequenos gestos que demonstram carinho.
Interessante dizer que, o menor caminho para o sucesso acadêmico de muitos alunos é através dos seus corações. Eles não se importam com quanto nós sabemos, o que eles querem saber é o quanto nós nos importamos.
Aqui vão 25 dicas que, se praticadas diariamente, garantirão o seu nome no Hall da Fama junto aos Alunos, Pais e Direção da Escola.
1.            Aprenda o nome dos seus alunos
2.            Lembre a data de aniversário deles
3.            Pergunte como eles estão e/ou como se sentem
4.            Olhe nos olhos quando conversar com eles
5.            Ria junto com eles
6.            Diga-lhes o quanto você gosta de estar com eles
7.            Encoraje-os a pensar grande
8.            Incentive-os a persistirem e celebre os resultados
9.            Compartilhe do entusiasmo deles
10.         Quando estiverem doentes envie uma carta ou um bilhete
11.         Ajude-os a tornarem-se experts em algo
12.         Elogie mais e critique menos
13.         Converse a respeito dos sonhos ou do que os afligem
14.         Respeite-os sempre
15.         Esteja sempre disponível para ouví-los
16.         Apareça nos eventos que eles realizarem
17.         Encontre interesses em comum
18.         Desculpe-se quando fizer algo errado
19.         Ouça a música favorita deles com eles
20.         Acene e sorria quando estiver longe
21.         Agradeça-os
22.         Deixe claro o que você gosta neles
23.         Recorte figuras, artigos de revistas que possam interessá-los
24.         Pegue-os fazendo algo certo e cumprimente-os por isso
25.         Dê-lhes sua atenção individual
Professor(a), esses 25 comportamentos traduzem a essência do que é criar um relacionamento baseado no Amor e não na nota bimestral.
Coloque em prática essas dicas e veja a mudança no comportamento dos seus alunos.
Roseli Brito - Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach
Contato: contato@sosprofessor.com.br

Livro: "Por que Falar ainda em Avaliação?"

O ato de avaliar não se destina a um julgamento definitivo, pois não é um ato seletivo. Ele se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, à inclusão; destina-se à melhoria do ciclo de vida. Por isso, é um ato amoroso.
O livro está dividido da seguinte maneira:
1. Especificidades da avaliação que convém conhecer
Marlene Correro Grillo
Valderez Marina do Rosário Lima
2. Questões sobre avaliação da aprendizagem: a voz dos professores
Valderez Marina do Rosário Lima
Marlene Correro Grillo
3. Critérios de avaliação a serviço da aprendizagem
Rosana Maria Gessinger
Marlene Correro Grillo
Ana Lúcia Souza de Freitas
4. Autoavaliação: por que e como realizá-la?
Marlene Correro Grillo
Ana Lúcia Souza de Freitas
5. Os desafios do planejamento e da prática de avaliação em ambientes on-line
Márcia de Borba Campos
6. O uso pedagógico do cinema: estratégias para explorar e avaliar filmes em sala de aula
Helena Sporleder Côrtes
7. Diferentes formas de expressão da aprendizagem
Valderez Marina do Rosário Lima
Marlene Correro Grillo
João Batista Siqueira Harres
8. Questões de prova e suas especificidades
Valderez Marina do Rosário Lima
Rosana Maria Gessinger
Marlene Correro Grillo
9. Contribuições para a elaboração de questões de resposta livre
Marlene Correro Grillo
Rosana Maria Gessinger
10. Contribuições para a elaboração de questões objetivas
Marlene Correro Grillo
Rosana Maria Gessinger



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SOS Professor - Estratégias para a Sala de Aula: "O Problema não é a Disciplina"

Todos os dias os Professores estão às voltas em preparar o Plano de Aula ou o Semanário com as aulas a serem dadas naquela semana. As tarefas são planejadas, os materiais são separados. Ele crê que ao fazer desse modo, os alunos aprenderão, e se algo der errado simplesmente aplica a disciplina.
Então... Algo dá errado e os problemas aparecem. O Professor procura preparar a aula seguinte perguntando-se o que ele pode fazer para conseguir a atenção dos alunos, ou motivá-los a empenharem-se nas aulas. Acreditando que alunos mais atentos e motivados oferecerão menos problemas de disciplina. Mas, no dia seguinte o ciclo repete-se e o Professor continua tentando lidar com a falta de disciplina dos alunos. O problema é que a maioria dos Professores não gastam nenhum tempo gerenciando as suas salas de aula. Se os procedimentos de gerenciamento de sala de aula fossem ensinados, a maioria dos problemas de disciplina na sala desapareceria e mais tempo sobraria para ensinar.
Você entra na sala de aula munida com os materiais e o Plano de Aula, naquele dia você até criou uma aula mais divertida para prender a atenção dos alunos, porém isso não é o suficiente. Se você ainda não criou procedimentos para: prender a atenção dos alunos, distribuir as tarefas, entrar na sala de aula, registro da aula no caderno, trabalho em grupo, procedimentos para faltas e atrasos, entregas de trabalhos e tarefas, apresentação de seminários, procedimentos para quando um aluno finaliza as tarefas antes de todos e um sem número de outras situações que necessitam de novos procedimentos, então lhe digo que quem controla a sala de aula não é você e sim os seus alunos. Eles é que de fato estão gerenciando a sua sala de aula do jeito que eles querem.
Um Professor eficiente é um mestre no gerenciamento da sala de aula, pois ele sabe que o sucesso do aluno apenas ocorrerá quando o ambiente da sala de aula estiver organizado e estruturado para que o aprendizado possa ocorrer. E isso só acontece quando o aluno está realmente engajado na execução das tarefas.
Gerenciamento da Sala de Aula e Disciplina não são as mesmas coisas. O Professor não disciplina a sala de aula, ele gerencia a sala de aula. Nenhum aprendizado ocorre quando você fica o tempo todo disciplinando. Tudo que a disciplina faz é minimizar um comportamento incorreto, porém não garante aprendizado. O aprendizado só ocorre quando os alunos estão concentrados na realização das tarefas.

 - DISCIPLINA: tem a ver em como os alunos se COMPORTAM
 - PROCEDIMENTOS: tem a ver em COMO as coisas devem ser FEITAS
 - DISCIPLINA: tem a ver com punição e recompensas
 - PROCEDIMENTOS: não existe punição e nem recompensas

A grande maioria dos problemas que os Professores chamam de `problemas de comportamento`, nada tem a ver com indisciplina. O problema número um na educação não é a falta de disciplina, é a falta de procedimentos e rotinas que acabam deixando os alunos `no escuro`sem saber como proceder na sala de aula. Para que os alunos saibam o que se passa na cabeça do Professor é necessário que o mesmo se manifeste criando os procedimentos e rotinas para o bom funcionamento da aula.

PORQUE OS PROCEDIMENTOS SÃO IMPORTANTES ?

Os alunos aceitam prontamente a ideia de ter um conjunto bem definido de procedimentos, porque isso simplifica o seu dia a dia. Procedimentos eficientes possibilitam que várias tarefas sejam realizadas dentro do tempo previsto, com o mínimo de confusão e perda de tempo. Quando os procedimentos não são estabelecidos, muito tempo da aula é gasto na organização e realização das atividades. Como resultado surgem os comportamentos indesejáveis e então gasta-se mais tempo tentando colocar ordem no ambiente. Os procedimentos são o alicerce que dão sustentação ao aprendizado dos alunos. O rendimento final dos alunos está intrinsecamente ligado a como o Professor estabelece o controle da sala de aula por meio dos procedimentos criados logo na primeira semana de aula.
           
Roseli Brito (Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach)

SOS Professor - Estratégias: "Procedimentos para a Sala de Aula"

Hoje você receberá dicas práticas de como criar alguns procedimentos para a sua sala de aula.
Professores inexperientes começam o primeiro dia de aula assumindo que devem apenas separar os conteúdos a serem dados aos alunos. Professores eficientes e experientes gastam a maior parte do tempo das duas primeiras semanas de aula em ensinar os alunos a seguirem os procedimentos. A sala de aula tem de ter procedimentos claros para os alunos seguirem. Toda vez que o Professor desejar que algo seja feito, tem de existir um procedimento ou um conjunto de procedimentos para a realização da tarefa.
        Alguns dos procedimentos que logo de início todo Professor deve ensinar aos alunos incluem:
1. Entrada na sala de aula: Será em fila? Sozinhos ou acompanhados do Professor? Professor estará aguardando na porta para recebê-los? As carteiras estarão identificadas no primeiro dia? Cada um escolhe o lugar que quiser para sentar?
2. Saída no término da aula: 10 minutos antes do sinal todos devem começar a guardar o material e arrumar as carteiras? só depois que der o sinal é que será permitido começar a arrumar os materiais? Alunos saem em fila ou não ? Saem primeiro os meninos e depois as meninas? Saem todos juntos com o Professor? Saem apenas quando a sala de aula estiver em ordem?
3. Retorno do intervalo: Podem entrar ainda comendo o lanche e tomando o refrigerante? Podem entrar depois que todos já estiverem na sala? Qual a tolerância permitida para retornar do intervalo? Podem mascar chicletes durante a aula? Podem levar garrafinhas de água para a sala? O que acontece se o aluno não retornar à sala de aula no horário estipulado?
4. Atraso e faltas: Qual a tolerância para o atraso? Após o prazo tolerado qual será a consequência? Quem a aplica? Em caso de falta como o aluno ficará a par das tarefas dadas? Qual o prazo será dado para que o aluno coloque em ordem o caderno?
5. Mantendo o silêncio na sala: Para que os alunos se acalmem e prestem atenção no Professor é preciso criar um sinal para que eles saibam que você quer a atenção deles. Pode ser: sempre que você levantar a mão, ou fechar a porta, ou colocar a sua cadeira na frente do quadro negro, ou simplesmente ficar em pé com as mãos para trás, ou ainda fazer uma contagem regressiva do tipo 5, 4, 3, 2,1, 0.
6. Como a aula será iniciada: Será com uma roda de conversa? Uma oração? Uma música? com o roteiro da aula já escrito no quadro negro?
7. Esclarecimento de dúvidas: O aluno deverá levantar a mão durante a explicação? Após a explicação? Deverá ir até a mesa do Professor após a explicação? O Professor irá até a carteira do aluno esclarecer?  Haverá um plantão de dúvidas após a aula?
8. Trabalhos/Tarefas entregues fora do prazo: Serão aceitos ou não? A pontuação sofrerá alteração de quanto? Como os trabalhos devem ser entregues: digitados ou manuscritos?
9. Trabalhos em grupos: Os grupos serão sorteados pelo Professor ou os alunos poderão escolher quem quiser? Os grupos serão de quantos alunos? Caso um dos integrantes não esteja se empenhando? No caso de plágio ? No caso do trabalho ter sido feito por outra pessoa que não o aluno?
10. Bullying: Os alunos que estiverem sofrendo intimidações dos colegas podem recorrer a quem? Quando? Onde? Qual será a abordagem adotada para com o aluno agressor e o agredido?

"ENSINANDO" OS PROCEDIMENTOS:

Muitos dos problemas de comportamento na sala de aula são causados pela falha em ensinar aos alunos como seguir os procedimentos. O Professor tem de aprender como efetivamente, criar procedimentos e fazer com que os alunos os pratiquem.
Abaixo segue o resumo de um método de três passos que é muito eficaz para ensinar os procedimentos da sala de aula aos alunos:

- EXPLIQUE: Esclareça, explique e demonstre o procedimento
- PRATIQUE: Faça-os praticarem e praticarem sob sua supervisão
- REFORCE: Revise, reforce, pratique, e reforce o procedimento até que  o mesmo torne-se um hábito e uma rotina para o aluno

Se a sua sala de aula já tem procedimentos implementados, essas dicas vão ajudar a esclarecer ainda mais como melhorá-los. Se a sua sala de aula ainda não tem os procedimentos, saiba que você precisa implantá-los com urgência.
     
Roseli Brito (Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach)

SOS Professor - Ambiente Físico

O efetivo Gerenciamento da Sala de aula é fruto do domínio das estratégias de 4 áreas, que aqui chamamos de os 4 Pilares do Gerenciamento da Sala de Aula:
- Pilar no. I: Ambiente Físico
- Pilar no. II: Ambiente Emocional
- Pilar no. III: Ambiente Instrucional
- Pilar no. IV: Ambiente Procedimental

Hoje trataremos do Pilar número 1: Ambiente Físico. 
Você deve estar se perguntando o que tem a ver o ambiente físico com o efetivo gerenciamento da sala de aula. Ora, se é no ambiente físico da Escola, mais especificamente, da sala de aula, que o aluno passa metade do dia dele é natural que esse espaço tenha importância.
Lembra, que anteriormente falamos que o objetivo do gerenciamento da sala de aula é garantir que o aluno mantenha-se sempre motivado, focado na tarefa e aprendendo?
Pois bem, se o ambiente físico onde ele está inserido não contribui para atingir esse objetivo, então é preciso rever e fazer as mudanças que vão contribuir para esse aprendizado.
Aqui vão algumas dicas para você observar:
- as salas são bem ventiladas
- as janelas apresentam muita incidência de sol/claridade que dificulta a leitura
- as carteiras são adequadas (tamanho, posicionamento)
- há locais para guarda de mochilas ou lancheiras
- a disposição das carteiras dos alunos sempre são as mesmas
- os materiais para o Professor estão disponíveis no ambiente ou você tem que mandar sempre alguém buscá-los? Ou ainda pior, deixa a sala sozinha e vai
você buscar?
- os ambientes são decorados e alegres?
- os ambientes são limpos e convidativos?
- os materiais são novos e conservados ou desgastados e com má aparência?
- as cores dos ambientes são alegres ou neutras e sem vida?
- há espaço para os alunos brincarem/interagirem na hora do intervalo?
- há espaço adequado para o lanche? 
- a Biblioteca é um lugar acolhedor e vibrante ou um lugar chato de ir? 

Aqui vai uma tarefa: pegue esses itens acima e faça uma varredura em cada ambiente onde os seus alunos ficam e depois coloque ao lado de cada item as suas observações. Depois disso feito, peça para cada aluno dar sugestões para cada ambiente. 
Desse modo a escola ficará com a `cara deles`, e eles ficaram felizes por terem sido ouvidos e contribuído com sugestões.

Roseli Brito - 
Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach


SOS Professor - Ambiente Emocional

O nosso desejo é que possamos brilhar, que os alunos sejam levados a um patamar de aprendizado jamais sonhado por eles, que eles superem todas as suas expectativas. Para isso é só ter o coração e mente abertos para novas estratégias, novas abordagens, novas perspectivas.
Após a postagem do dia 16 de Fevereiro que trata sobre o Ambiente Físico, partimos para o segundo Pilar trata do Ambiente Emocional, não apenas do aluno mas do Educador também. Enquanto adultos temos a nossa história de vida, passamos por muitos aprendizados, temos uma perspectiva de ver o mundo e as pessoas.
Os nossos alunos, quer sejam do Infantil até o Ensino Médio também tem a sua visão de mundo, a qual mudará certamente, baseado nas experiências que terão ao longo da vida. 
Entretanto, enquanto eles vivem essas experiências em cada fase da vida, um turbilhão de sentimentos se faz presente e por vezes alguns deles acabam tomando a frente e então temos que lidar com eles na nossa sala de aula. Uma das questões que frequentemente surge na sala de aula é a questão da indisciplina, mas não é somente esse comportamento que atrapalha o gerenciamento da sala. Há também a timidez, o bullying, a criança que usa de mentiras, de chantagens, há os que não tem amigos, os que conversam demais, os que provocam os outros e um sem número de situações ligadas a sentimentos e a relacionamentos.
Não importa o comportamento inadequado apresentado, o fato é que eles podem ser enquadrados em quatro grandes motivos:
- Busca de Atenção: 
Eles querem ser amados, elogiados, vistos e valorizados e como não conseguem ter o que buscam de um modo natural, provocam situações negativas para ter alguma atenção. Afinal ser repreendido, receber uma advertência é melhor que não receber nada. 
- Busca de Poder: 
A criança ou jovem tem exemplos no lar de que ter poder é ter controle sobre as coisas, ou as pessoas, é ter controle para receber o que se quer, então ela usa da força, da manipulação, mentira e obtém o resultado desejado.
- Busca de Vingança:
A criança ou jovem vive ressentida com as pessoas, acredita que é sempre deixada para trás em todas as situações. É sempre alvo das brincadeiras de mau gosto, por isso vive querendo dar o troco.
- Busca de auto-confiança:
São aqueles alunos que apresentam comportamento de sempre estarem envolvidos em fofocas e confusões. No grupo são aqueles que vivem instigando uns contra os outros, tentando ser agradável com todos não querendo desgostar ninguém.
Quando você olha para os alunos sob o enfoque do Ambiente Emocional deles, fica claro que uma advertência, uma suspensão, um bilhete na agenda de pouco adiantará, muito menos enviar o aluno para a sala da Coordenação ou da Direção.
Dar conta do Ambiente Emocional dos alunos é levar em consideração esses sentimentos e ter um plano de ação para criar um ambiente seguro afetivamente. A postagem com o título "Como cativar os seus alunos" do dia 12 de Janeiro oferece várias dicas de como você pode começar a estruturar esse ambiente.
Lembre-se de uma coisa: PRIMERO: conhecemos, SEGUNDO: conquistamos, TERCEIRO: confiamos. Para chegar no terceiro passo com os seus alunos é preciso começar pelo primeiro: conhecê-los.

Roseli Brito - Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach
Se você conhece Educadores que estão sofrendo com a indisciplina dos alunos, indique o curso "Gerenciamento da Sala de Aula". Nossa meta, neste ano, é ajudar 50.000 Educadores a transformar a sala de aula. 
Cadastro: SOS Professor

SOS Professor - Ambiente Procedimental

Toda profissão tem o seu passo a passo, o seu sistema, os seus procedimentos, e o profissional só pode ser chamado de excelente quando domina esse passo a passo, o sistema e os procedimentos. Pois são eles que garantem o resultado esperado. Para garantir que o aprendizado aconteça (o resultado esperado), é preciso lançar mão de procedimentos para organizar o ambiente onde ocorrerá o aprendizado.
Nas últimas postagens já falamos sobre o que é e o que não é gerenciamento da sala de aula, e também falamos sobre procedimentos para a sala de aula. Talvez você conheça alguém que já tenha dito: "não preciso de processo nenhum, quando algo dá errado envio o aluno para o (a) Coordenador (a) ou para o Diretor (a) " e está resolvido. Quando o Educador, por motivos banais,  envia o aluno para a Coordenação ou para a Direção está passando uma imagem negativa de  si mesmo para várias pessoas:
Aluno: o aluno vê que o Professor não tem autoridade para resolver;
Outros alunos: a sala vê que o Professor não soube resolver a questão;
Coordenador/Diretor: que o Professor não dispõe de conhecimento/competência para controlar/gerenciar a sala de aula;
Colegas: os outros Professores vêem que o colega perdeu o controle da sala;
Pais: que o Professor não sabe colocar ordem na classe.
Por isso, da próxima vez que alguém disser que resolve a questão do gerenciamento da sala de aula enviando o aluno, por motivos banais, para a Coordenação, você já sabe que esse professor não está conseguindo atingir o resultado esperado com os alunos e se você consegue ver isso, tenha a certeza que a Coordenação, a Direção e os Pais também estão vendo.
Convidamos você a colocar no papel quais são os seus processos atuais para:
- Entrada/saída/intervalo/ida ao banheiro
- Tarefas de sala/ tarefas de casa/ trabalhos de pesquisa/trabalhos em grupo
- Quando o aluno chega atrasado/quando chega cedo
- Quando vem sem uniforme/quando traz algo que não era para trazer
- Quando o aluno perde algum material
- Quando alguém é acusado de roubo na sala de aula
- Quando alguém fala mentiras
- Quando o aluno briga ou sofre agressão (verbal ou física)
- Quando ocorre reunião de pais
- Em quais situações é permitido enviar o aluno para a Coordenação
- Em quais situações é enviado bilhete aos Pais
- Em quais situações os Pais são chamados na escola

Depois de listar cada situação, liste também as soluções, e veja se o resultado esperado para cada uma delas é atingido. Implemente os novos procedimentos, ensinando os alunos, fazendo os ajustes e reforçando sempre até que se torne um hábito para eles determinados comportamentos.
Haverá situações em que o aluno DEVE ser enviado para a Coordenação e/ou Direção. Para saber em quais situações isso deverá ocorrer, pergunte a Coordenação e/ou Direção, pois cada Escola tem procedimentos próprios quanto a esta questão.
Lembre-se você brilha quando faz com competência e organização além do que lhe é pedido.

Roseli Brito - Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach

SOS Professor: "Regras Gerais para Sala de Aula"

Para que o gerenciamento da sala de aula seja o mais simples possível, sempre devemos procurar enviar dicas rápidas, práticas e fáceis de implementar.
Aqui vão 11 passos que ajudarão na organização da sala de aula:
01. Crie, por escrito, os objetivos e expectativas que você tem para a turma;
02. Seja consistente em tudo que disser ou fizer;
03. Seja paciente com você mesmo (a) e principalmente com os alunos;
04. Transforme os Pais em seus aliados. Comunique-se mais com eles;
05. Evite falar demais e se alongar nas explicações;
06. Organize o tempo da aula em três blocos diferentes de atividades;
07. Comece e termine a aula dentro do tempo estabelecido, não 'enrole';
08. Tenha atividades planejadas para manter TODOS os alunos ocupados;
09. Discipline e corrija individualmente, jamais faça isso em público;
10. Mantenha sempre a perspectiva e o bom humor para cada situação;
11. Saiba quando pedir ajuda.

Nas próximas postagens detalharemos cada um dos 11 passos.
Enquanto isso reveja se você já está usando alguns dos itens acima no seu dia-a-dia.
Cadastro: SOS Professor

SOS Professor - Artigo: Educação vem de Casa

Não seria bom se os alunos já viessem de casa com o mínimo de educação e boas maneiras? Com certeza um sem número de situações de indisciplina seriam evitadas dentro e fora da sala de aula. O ano começa, e é preciso deixar claro, para a Família e para o Aluno,  que o Professor não vai tolerar este tipo de comportamento. Mas para posicionar-se frente a esta questão, é preciso que o Professor saiba exatamente o que deve ser cobrado da Família e do Aluno no que refere-se a educação familiar e boas maneiras de convivência em grupo.

Continue lendo o artigo em: Educação vem de Casa

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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Como fazer Avaliação Diagnóstica

By Roseli Brito
Início do ano, turma nova, Escola nova, enfim, como começar o trabalho com os alunos?
Nem pense em iniciar o trabalho pedagógico partindo da premissa do que você ACHA que os alunos já sabem. É preciso investigar, avaliar, levantar o que de fato a turma já sabe e o que ainda ela não sabe.
O instrumento para fazer isso é realizar a Avaliação Diagnóstica, que tem o objetivo de verificar a presença e a ausência dos pré-requisitos de aprendizagem adquiridos, ou não, na série anterior.
Não há um modelo de Avaliação Diagnóstica, cada Professor, conforme sua disciplina e os pré-requisitos que precisam ser trazidos da série anterior, é quem elabora atividades que levantem o que o aluno sabe e o que ele ainda não aprendeu.
1) Quando e porquê realizar a Avaliação diagnóstica:
.    Realizada no início do curso, período letivo ou unidade de ensino
.    Tem a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não domínio dos pré-requisitos necessários (conhecimentos e habilidades) para novas aprendizagens, caracterização de eventuais problemas de aprendizagem e suas possíveis causas (cognitivo)
.    Função: diagnosticar
.    Serve para identificar alunos apáticos, distraídos, desmotivados (comportamentos)
De posse dos resultados da avaliação diagnóstica será possível o Professor ajudar os alunos das seguintes formas:
.    Estimular o relacionamento entre os alunos, através de jogos e atividades dinâmicas
.    Criar intervenções pedagógicas específicas que auxiliem o aluno a superar dificuldades
.    Criar Rotinas  que reforcem o comportamento positivo dos alunos
.    Realizar mudanças no ambiente da sala de aula que favoreça o aprendizado
.   Adotar novas práticas de ensino que estimulem a participação da turma
2) O QUE AVALIAR: Levantar Pré-Requisitos da série anterior
Muitos Professores sempre mandam email pedindo modelos prontos de avaliação diagnóstica. Creio que isso deve-se ao fato de que, para o Professor, não há a clareza do que ele deve levantar neste tipo de avaliação.
Quando você conhece o que deve diagnosticar, basta você criar atividades pertinentes a sua disciplina, e isso é algo que você já está acostumado a fazer quando elabora as tarefas, as provas, as dinâmicas, os textos, os vídeos, enfim, quando você elabora a sua aula.
Você precisa ter claro que deve verificar os objetivos e metas a serem atingidos na série atual, e levantar quais são os pré-requisitos que o aluno já deve ter adquirido na série anterior.
Por motivos óbvios, não é possível fazer neste artigo, um detalhamento de todos os pré-requisitos para todas as disciplinas e séries, porém a título de ilustração, tomarei como exemplo um aluno que ingressa no 6º. Ano, e que o Professor de Matemática precisa levantar se este aluno traz os pré-requisitos necessários para cursar o 6º. Ano e atingir os objetivos estabelecidos para esta série.
- Situação :  O  Aluno está matriculado no 6º. Ano (verificar quais são os objetivos desta série no que refere-se  à   Matemática).
- Levantar quais são os pré-requisitos que esse aluno deve ter , em Matemática, ao chegar no 6º. Ano
- Exemplos de pré-requisitos que o aluno já deve trazer do 5º. Ano em Matemática:
. Operações Fundamentais
- adição, subtração, multiplicação e divisão
- algoritmos das operações fundamentais
- utilização das operações fundamentais como ferramenta para a resolução de  problematizações
- cálculo mental
. Frações
- conceito e representações
- leitura e escrita
- comparação de frações
- frações discretas e contínuas
- cálculo de fração de quantidade
- frações equivalentes
- simplificação
- operações com frações
- resolução de problemas envolvendo frações
. Porcentagem e Gráficos:
- conceito de porcentagem a partir das frações decimais
- cálculo de porcentagem através de frações equivalentes
- resolução de problemas envolvendo cálculos de porcentagem
- desenvolvimento de procedimentos e estratégias para coleta de dados e informações em pesquisa de diversas naturezas
- construção de procedimentos de apresentação de dados coletados
- construção, leitura e interpretação de diferentes tipos de representações gráficas (barra, linha, setores)
. Geometria: Medidas, Formas e Construções Geométricas
- conceitos: ponto, linha, superfície, vértice, aresta, ângulo
- linguagem geométrica
- polígonos
- triângulos e quadrilátero
- propriedades dos triângulos
- conceitos: escalas e simetria
- construções geométricas com o auxílio do compasso e do transferidor
- ampliação e redução de figuras
- sólidos geométricos
3) Como Avaliar: Instrumentos de avaliação
Existem diversos recursos  e práticas de ensino disponíveis que podem ser utilizados no momento da avaliação diagnóstica. Idealmente, selecione mais de um dos instrumentos abaixo :
.      Pré-teste;
.      Auto-avaliação;
.      Observação;
.      Relatório;
.      Prova;
.      Questionário;
.      Acompanhamento;
.     Discussão em grupo;
.     Estudos de caso (análise de estudos de casos com o objetivo de identificar como o aluno  responde à avaliação);
.     Fichas de avaliação de problemas (trabalhar com modelos de fichas de avaliação), etc.
A utilização dos instrumentos deve ser adequada ao contexto em que o professor se encontra. Por exemplo, aulas com muitos alunos inviabilizam a avaliação por observação ou  acompanhamento, enquanto que disciplinas práticas possibilitam esses instrumentos de avaliação.
Não se surpreenda se, ao analisar os resultados levantados na Avaliação Diagnóstica você tenha de fazer ajustes no Planejamento. Afinal, quando o Planejamento é criado, o aluno ainda não foi avaliado, e portanto, o Planejamento é elaborado com base em um aluno “ideal”, e portanto, é um Planejamento longe da realidade dos alunos, pois o Professor o elabora baseado em  suposições e não em dados reais.
O fato é que, quando as aulas começam a situação mostra-se outra: alunos  com defasagens de aprendizado, com dificuldades em determinados conteúdos, e sem os pré-requisitos necessários para cursar aquela série.
E antes que você reclame que realizar a Avaliação Diagnóstica é uma “perda” de tempo porque você tem que “dar conta” do Planejamento até o final do ano, já lhe aviso: o objetivo maior que você deve cumprir é  criar todas as condições para que todos os alunos adquiram as competências necessárias de aprendizado e não apenas para cumprir o Planejamento.
Bela reflexão!

Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.

Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última entrevista e tomou a última decisão.

O diretor descobriu através do currículo que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.

O diretor perguntou: "Tiveste alguma bolsa na escola?" O jovem respondeu: "nenhuma".

O diretor perguntou: "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades?" O jovem respondeu: "O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."

O diretor perguntou: "Onde trabalha a tua mãe?" E o jovem respondeu: "A minha mãe lava roupa."

O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.

O diretor perguntou: "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?" O jovem respondeu: "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."

O diretor disse: "Eu tenho um pedido.  Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã."

O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.

O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpas com água.

Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro.

Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.

Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.

O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou: "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?"

O jovem respondeu: "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."

O diretor pediu, "Por favor diz-me o que sentiste."

O jovem disse: "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."

O diretor disse: "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado."

Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe.
O desempenho da empresa melhorou tremendamente.

Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vais sempre culpar os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos este tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?

Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a relva, por favor deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade  de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Quais  são as pessoas  com mãos enrugadas  por  mim?
 
 
 

Indisciplina Autorizada: de quem é a culpa ?

By Roseli Brito
Educar  nos dias de hoje, não é o mesmo que educar há 40 anos atrás. A sociedade mudou  e as famílias também mudaram.  Tudo a nossa volta mostra-se com limites muito mais flexíveis e frouxos.  Assim temos hoje, a  indisciplina generalizada  e autorizada pelos  meios de comunicação, pela nossa cultura e pelas famílias.  Nós, os Educadores somos os únicos que ainda defendem os valores de 40 anos atrás.
Talvez sejamos um dos poucos segmentos, no planeta inteiro, que preza, ensina e cobra nas crianças e nos jovens, atitudes  pautadas  em princípios, valores e firmeza de caráter.
Seríamos nós ,  seres tão “jurássicos” e ultrapassados a ponto de sermos um dos poucos que rema e caminha contrário a essa crescente corrente de  corrupção, indisciplina, falta de moral, de princípios e  caráter ?
Somos aqueles que apontam, ensinam, corrigem, cobram , porém ao apontarmos estamos expondo a negligência e incompetência das famílias na correta educação dos filhos, negligência esta que tem um preço alto, e quem paga é a sociedade e todos aqueles que  nela vivem ou viverão.
Enquanto isso chegam nas nossas salas de aula, diariamente, crianças e jovens com seus fones de ouvido, seus celulares, seus comportamentos debochados e indisciplinados,  seu linguajar rude e desrespeitoso, que sentem-se autorizados, pela família (que não lhes deu a devida educação) e muitas vezes também pela Escola (quando não dispõem de mecanismos de gerenciamento efetivo dos espaços e na criação de normas disciplinares padronizadas para todos os professores) e dos Gestores (que  em muitos casos não oferecem o apoio e o respaldo que o professor precisa para que seja aplicada a devida correção).
O vilão da estória, causador de todas estas situações ?  é o Professor ! afinal é ele  que vive “pegando no pé” dos alunos, é ele que vive reclamando da indisciplina, é ele que sempre vem com aquela mesma “lenga-lenga” de que o aluno tem de desligar o celular, guardar o fone de ouvido, fazer a lição, fazer silêncio.
O resultado dessa negligência moral e da indisciplina autorizada é que o discurso do Professor, fica perdido, sufocado em um emaranhado  de percepções e valores controversos. As próprias famílias ensinam e estimulam que os filhos revidem e não levem “desaforos para casa”, os filhos por sua vez convivem com pais que gritam, se agridem física e verbalmente e  não são bons exemplos de conduta.
Assim fica fácil encontrar  o vilão , pois o único que destoa de tudo isso é  o Professor, e como tal  precisa ser visto como vilão da estória,  pois só assim todos os demais envolvidos se eximem da culpa e da responsabilidade por estarem negligenciando com seus deveres.
Os pais precisam culpar alguém pelo fracasso dos filhos, os alunos precisam achar um “Judas para malhar “ e alguns Gestores precisam de um bode  expiatório  para levar a culpa.
Será que esse papel  é  meu ?
Diz o ditado popular “ a voz do povo é a voz de Deus”, ditado esse que discordo veementemente.  Muitas vezes as pessoas se juntam, e se apoiam dentro de um único ponto de vista pois unidos em um grupo acreditam que suas atitudes são legitimadas.
Por esta razão não se engane em acreditar que você é o vilão da estória, só porque as famílias ou os alunos  precisam de um bode expiatório . Não caia no grupo da autocomiseração, nada de sentir “dodói”, querer abandonar a profissão, jogar tudo para o alto alegando que não vale a pena. Já dizia Fernando Pessoa: “tudo vale a pena se a alma não é pequena”.
Ao entrar em uma sala de aula, não devemos fazê-lo de forma ingênua ou despreparada. Não estamos lá apenas para dar aulas, ou cumprir o livro didático. É preciso que fique claro qual o seu real papel dentro do grande contexto que é educar.
O  que pode ser feito ?
Existem  algumas  maneiras de lidar com a indisciplina dentro da Escola:
1) tratar com indiferença e fazer de conta que não se importa e deixar “rolar”
2) obrigar os pais e alunos,  por meios legais ou com  medidas enérgicas e ameaças a tomar providências
3) não fazer nada e esperar outros  tomarem atitude 
4) mudar de  profissão devido ao esgotamento nervoso
5) criar estratégias para minimizar, contornar ou corrigir uma situação
Conclusão:
Pais negligentes sempre existirão bem como  Alunos debochados e indisciplinados. Teremos de conviver com  Gestores despreparados e talvez ainda , por um bom tempo com uma  Legislação paternalista e  Políticas Públicas precárias. O fato é que o grande cenário precisa de mudanças, urgentes e profundas, no entanto jamais aceite ser tratado como vilão.
Professor não é vilão. O Professor faz parte da  solução !
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Recursos:
Para Professores: Filme  “Muito Além da Sala de Aula “